Agente da polícia da fauna bravia morde o olho da esposa e deixa-a sem visão.
O Hospital Central de Quelimane recebeu, recentemente, uma paciente vítima de um grave episódio de violência doméstica.
A mulher, residente no bairro Sangariveira, perdeu a visão do olho direito depois de ter sido mordida pelo marido, alegadamente frustrado por o casal ter apenas filhas.
De acordo com o relato da vítima, o agressor, agente da polícia da fauna bravia, encontrava-se embriagado e obrigou toda a família a abandonar a residência durante a noite. Quando a mulher questionou o destino, sobretudo por transportar uma criança doente, foi atacada de forma violenta, sofrendo uma mordida que lhe destruiu o olho.
A vítima afirma que só conseguiu sobreviver ao reagir e apertar com força os órgãos genitais do agressor, conseguindo fugir com a ajuda de vizinhos, que a socorreram e levaram-na ao HCQ.
Entre lágrimas, a mulher denuncia alegado encobrimento policial e pede justiça:
“Perdi a visão, mas não quero perder a voz. Que isto não fique impune.”
O caso levanta preocupações sobre a resposta à violência baseada no género e à protecção das vítimas. O Hospital Central de Quelimane reafirma o compromisso com a saúde, dignidade e segurança das mulheres, apelando às instituições competentes para que situações deste tipo não passem impunes.
