Venâncio Mondlane diz que poderia ter tomado o poder pela força, mas escolheu a paz
O presidente do partido ANAMOLA, Venâncio Mondlane, afirmou durante a sua intervenção na Assembleia Geral da World Liberty Congress (WLC), em Berlim, que teve a capacidade de assumir o poder pela força nas últimas eleições gerais em Moçambique, mas escolheu não o fazer, defendendo o respeito pela democracia e pela estabilidade nacional.
“Tínhamos meios e condições para reagir, mas optámos por não recorrer à força. Acreditamos que o caminho da mudança deve ser pacífico e democrático”, disse Mondlane diante de delegados de vários países reunidos no fórum internacional.
O evento, que junta líderes e movimentos democráticos de todo o mundo, decorreu na capital alemã com o objetivo de debater o estado da democracia global e fortalecer alianças em defesa dos direitos humanos e da boa governação.
Durante o seu discurso, Venâncio Mondlane destacou os desafios políticos e institucionais de Moçambique, mencionando a falta de transparência nos processos eleitorais e a necessidade de reformas profundas que garantam igualdade de oportunidades para todos os partidos.
“A nossa luta é por uma democracia verdadeira, onde o voto do cidadão tenha peso e não seja manipulado. O futuro de Moçambique depende da coragem de dizer não à injustiça”, acrescentou o líder da ANAMOLA.
A presença de Mondlane no evento foi vista como um sinal de fortalecimento das relações entre o seu movimento e organizações democráticas internacionais, num momento em que o político tem ganho visibilidade fora do país.
